Violência
Não consigo deixar de ficar espantada, com os crimes de violência doméstica. As respostas que o nosso país oferece, são imaginárias!
O ultimo caso que recebi, foi uma mulher com um apelido "de peso", aqueles que reconhecemos assim que ouvimos.
Tinha sido agredida violentamente pelo marido e saíu de casa com dois filhos pequenos. Foi dormir a casa de uma amiga e no dia seguinte apareceu para pedir ajuda. Não queria que os sogros (pessoas conhecidas e influentes) soubessem do sucedido e não queria apresentar queixa contra o marido, com receio de represálias futuras, enfim o habitual com acréscimo "do ser conhecido".
Pois, perante este cenário não havia muito a fazer, falei com o Ministério Público que me informou que como ela não queria apresentar queixa, teria de voltar para casa com os filhos ou seria acusada de sequestro. Parece impossível mas é verdade, não encontrei nenhuma instituição para a receber com as crianças, a espera menor era 1 mês(não quero mencionar nomes).
Conclusão, acabou por voltar para casa, pois o marido descobriu o seu paradeiro e pediu desculpa mais uma vez. Ela depois de se ver sem respostas, achou que seria a única saída.
Continuo a acompanhar o caso, na expectativa de uma tragédia, mais dia menos dia...
O ultimo caso que recebi, foi uma mulher com um apelido "de peso", aqueles que reconhecemos assim que ouvimos.
Tinha sido agredida violentamente pelo marido e saíu de casa com dois filhos pequenos. Foi dormir a casa de uma amiga e no dia seguinte apareceu para pedir ajuda. Não queria que os sogros (pessoas conhecidas e influentes) soubessem do sucedido e não queria apresentar queixa contra o marido, com receio de represálias futuras, enfim o habitual com acréscimo "do ser conhecido".
Pois, perante este cenário não havia muito a fazer, falei com o Ministério Público que me informou que como ela não queria apresentar queixa, teria de voltar para casa com os filhos ou seria acusada de sequestro. Parece impossível mas é verdade, não encontrei nenhuma instituição para a receber com as crianças, a espera menor era 1 mês(não quero mencionar nomes).
Conclusão, acabou por voltar para casa, pois o marido descobriu o seu paradeiro e pediu desculpa mais uma vez. Ela depois de se ver sem respostas, achou que seria a única saída.
Continuo a acompanhar o caso, na expectativa de uma tragédia, mais dia menos dia...
posted by Pi at quinta-feira, janeiro 18, 2007
1 Comments:
infelizmente no nosso pais as vitimas de violencia domestica dispoem de poucos "caminhos" para escolher. e normalmente sao elas as julgadas, porque na retrogada mente portuguesa, este tipo de situaçoes so e desencadeado pelo comportamento inapropriado da mulher.
compreendo a situaçao dessa senhora,e digo: o passo mais dificil de tomar a decisao de denunciar.
mas minha querida, eu sei o que e viver com medo, eu sei o que e estar presa dentro da nossa propria casa,ter medo de adormecer,por vezes ate mesmo medo de respirar. chegar a uma altura em que ja nao se sabe quem somos,o que queremos, em que o facto de existirmos ja nao faz sentido.
nao existe nada melhor que a nossa liberdade, lute contra esse medo,escave e va buscar forças ao seu interior para ter coragem de enfrentar a situaçao, nao e facil, a sensaçao que se segue e indescritivel.
nao tenha vergonha, nem pense em mais ninguem,so em si e nos seus filhos, porque ninguem entende o que estar nessa situaçao, a nao ser quem a vive.
coragem e sofra com inteligencia,aprenda!
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